População aprova a nova ponte que liga a Ilha dos Valadares ao centro de Paranaguá

A nova ponte que liga a Ilha dos Valadares ao Mercado Nilton Abel de Lima, no Centro de Paranaguá, no

A nova ponte que liga a Ilha dos Valadares ao Mercado Nilton Abel de Lima, no Centro de Paranaguá, no Litoral do Estado, já traz grandes benefícios para a população. A obra atende o maior bairro da cidade, onde vivem mais de 30 mil pessoas que só conseguiam ter acesso ao continente usando uma passarela ou a balsa utilizada para transportar veículos.

A nova estrutura, inaugurada em setembro, conta com 294 metros de extensão, permitindo o trânsito de automóveis e veículos de transporte. Além de melhorar a mobilidade dos moradores, também facilita o acesso a serviços de saúde e escolas.

A novidade já trouxe mudanças e a expectativa da comunidade é de que também vai fomentar o comércio e o turismo na ilha, que pode receber novos bares, restaurantes e estruturas de hotelaria.

Os comerciantes da região já perceberam maior movimento. O gerente comercial de uma rede de farmácias em Valadares, Ernesto Alves Pacheco, afirmou que a obra é um marco na história da localidade. “A ponte para o comércio aqui da Ilha dos Valadares foi sensacional. Vários clientes vieram de fora da ilha para comprar na farmácia, por ter preço mais barato, já que agora ficou mais fácil a travessia. Para mim, essa obra ficou marcada na história de Valadares”, disse o gerente.

Moradora no município há 19 anos, a ambulante Sônia Pereira diz que não acreditava que um dia essa obra sairia do papel. “Há muito tempo sonhava com essa ponte. Parece que é mentira que nós estamos vendo essa ponte maravilhosa, as pessoas estão curtindo bastante. Muitas pessoas circulam por aqui, indo e voltando, agora sem precisar pagar nada”, referindo à balsa utilizada anteriormente.

Quem também comemora a conclusão da obra é o mestre Zeca Martins, de 72 anos, que produz manualmente rabecas, violas e cavaquinhos. De acordo com ele, com a ponte a vida ficou bem mais fácil. “Quando vim para cá, fazia e vendia pequenos barcos para ganhar a vida, além de carreto atravessando o Rio Itiberê. Muita coisa já mudou. Agora, vivo do meu artesanato. Com movimento maior, as vendas vão melhorar”, disse o artesão. “Além disso, fica mais rápido para ambulância, bombeiros, polícia, dando mais segurança à população, e para receber materiais na porta de casa, como aqueles usados em construções. Antes, só de barco”.

Mestre Zeca está entre os responsáveis pela continuidade de uma das mais importantes manifestações folclóricas do Paraná – o Fandango –, tanto pela produção de instrumentos de acordo com as tradições caiçaras quanto pela participação em grupos culturais. “A ponte é um sonho de mais de 40 anos e vai mudar a vida de quem mora aqui. Vai nos levar a um novo futuro”, ressalta.

Fonte: AEN-PR

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