Em 2025, várias escolas municipais de Paranaguá foram interditadas devido a problemas estruturais apontados pela Secretaria Municipal de Educação, o que levou à necessidade de realocar muitos alunos para outras instituições.
Na escola Manoel Viana, localizada no centro da cidade, boa parte das crianças foram transferidas para o Complexo de Natação Nereu Gouveia, situado no bairro Ponta do Caju. Essa mudança, embora necessária para garantir a segurança dos estudantes, tem causado inúmeros transtornos para os pais, especialmente para aqueles que moram no bairro da Costeira, uma vez que o percurso até a nova escola ultrapassa os 2,5 km.
Segundo relatos dos pais, muitas das crianças têm menos de 10 anos e, por isso, enfrentam dificuldades ao caminhar ou pedalar no trajeto, sendo expostas ao sol intenso e à alta sensação térmica. Há mães que relataram terem passado mal devido ao calor e que precisam fazer até quatro viagens diárias para levar e buscar os filhos, uma vez que há aulas pela manhã e à tarde.
Além disso, a situação se agrava para alunos com necessidades especiais, como o caso de uma criança com autismo que tem dificuldade para percorrer a longa distância, e para situações delicadas, como a de uma mãe grávida de sete meses, que depende do marido para buscar o filho antes de iniciar sua jornada de trabalho.
Em meio a esse cenário, um empresário do bairro da Costeira, Paulo Henrique Carrinho, tomou a iniciativa de lançar um abaixo-assinado com o objetivo de pressionar as autoridades e buscar uma solução para o problema. Mais de 100 pessoas já realizaram a assinatura, e agora este documento será entregue a Secretaria Municipal de Educação.
O que diz a Secretaria de Educação
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de Educação, Fabíola Arcega, que disse que está atuando para que o problema seja solucionado.
“Estamos correndo contra o tempo para acertarmos essa questão do transporte escolar, situação que já está sendo resolvida e que será regularizada logo após o carnaval. Vale lembrar que recebemos uma frota de 33 ônibus, sendo que 14 aguardavam por manutenção e neste momento somente 13 operando. Nesse início do ano letivo, a situação ficou ainda mais crítica, pois estamos com ônibus indo pela quarta vez para a oficina, mas trabalhando arduamente para que tudo se resolva o mais rápido possível”, disse a secretária.
