Advogado é acusado de intolerância religiosa durante visita da imagem de Nossa Senhora do Rocio

O padre responsável pela celebração precisou retirar a imagem da santa para outra sala devido à situação. Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (7), uma visita religiosa com a imagem de Nossa Senhora do Rocio causou uma grande confusão em um condomínio de Paranaguá. Segundo relatos de uma moradora de 73 anos e seu esposo de 85 anos, o evento, que deveria trazer uma mensagem de fé e bênçãos, foi marcado por tensão quando um advogado, teria tentado interromper o ato religioso com gritos.

A idosa, que preferiu não se identificar, descreveu o ocorrido como uma “decepção” e relatou que o advogado tentou intimidar os fiéis durante a celebração, afirmando que nunca havia presenciado algo parecido em sua vida. “Estamos em um país democrático, de expressão livre, e o povo católico precisa saber disso”, declarou. Segundo a moradora, o advogado teria tentado “calar a voz dos presentes” com sua postura agressiva. O padre responsável pela celebração precisou retirar a imagem da santa para outra sala devido à situação.

Em resposta às acusações, o advogado envolvido se manifestou ao Portal Mais Notícias, negando qualquer ato de intolerância religiosa. Segundo ele, o incidente foi motivado por uma divergência relacionada ao uso da área comum do condomínio, sem qualquer relação com o culto católico. Ele reforçou seu compromisso com a liberdade religiosa e destacou que é casado com uma católica, além de ter convivência com diversas crenças em sua própria família.

“A discussão mencionada não teve relação com a realização do culto ou a entrada da santa no condomínio. Trata-se de uma questão de convivência entre inquilinos”, afirmou. Ele garantiu que o culto seguiu normalmente e que os relatos compartilhados nas redes sociais foram deturpados.

O Santuário de Nossa Senhora do Rocio emitiu uma nota de repúdio ao ocorrido, destacando que as visitas com a imagem são previamente agendadas e que a atitude observada no local foi inaceitável. “Reiteramos que a liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição, e ações que tentem obstruir manifestações de fé não devem ser toleradas”, declarou o santuário.

Casos de intolerância religiosa, conforme previsto pelo Código Penal, podem acarretar pena de detenção de até um ano ou multa, além de serem enquadrados em leis mais recentes que equiparam tais atos a crimes graves com penas que chegam a cinco anos de prisão. A situação segue repercutindo entre os moradores da cidade e gerou discussões sobre respeito e liberdade religiosa.

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