Dia do Radialista: Histórias de dedicação e paixão pelo rádio parnanguara

Vamos conhecer três histórias inspiradoras de comunicadores que dedicaram suas vidas a essa arte. Fotos: Maickon Chemure

Neste Dia do Radialista, celebramos o trabalho de profissionais que, através de suas vozes, tocam corações, informam e divertem. Vamos conhecer três histórias inspiradoras de comunicadores que dedicaram suas vidas a essa arte, transmitindo paixão e amor pelo rádio.

Barbara Rodrigues: O Sonho de Criança que Virou uma Vida no Rádio

Barbara Rodrigues é um exemplo de como o rádio pode transformar um sonho de infância em uma carreira de sucesso. Natural de Antonina, ela começou sua jornada na comunicação em 2002, na Rádio Serra do Mar, após um convite do padre Luiz, que se impressionou com seu talento vocal nas apresentações em casamentos e na igreja. “Fiquei um mês aprendendo como tudo funcionava e depois fui contratada. Lá foi a minha grande escola”, lembra Barbara, que logo aprendeu a operar equipamentos, gravar comerciais e editar jornais.

Em 2008, aceitou o desafio de cobrir a madrugada na Litoral Sul FM, em Paranaguá, e sua dedicação foi recompensada com a contratação permanente. Após uma jornada que começou com os horários mais difíceis, Barbara se transferiu para a rádio Ilha do Mel FM em 2011, onde permanece até hoje. Ao lado de Adilson Oliveira, ela apresenta o programa Super Manhã, levando aos ouvintes uma mistura de música, horóscopo e sorteios de prêmios.

Barbara destaca a evolução do rádio e a importância de cada função dentro de uma emissora. “Quando comecei, eu catalogava CDs e não entendia muito o valor dessa tarefa. Mas com o tempo, percebi que cada função tem seu papel fundamental”, reflete. Para ela, o rádio é mais do que um meio de comunicação: é uma forma de criar uma conexão única com os ouvintes, que acompanham a sua jornada todos os dias.

Mario Mikosz: Mais de 60 Anos de Dedicação ao Rádio com Amor e Perseverança

A história de Mario Mikosz é uma verdadeira lenda da radiodifusão no litoral paranaense. Com mais de 60 anos de carreira, ele começou em 1958, na Rádio Difusora de Paranaguá, após um estágio e uma transferência para a cidade, onde foi contratado como locutor. Trabalhando ao lado de grandes nomes como Ayrton Polley e Gerson Costa, Mario viveu a evolução do rádio desde os tempos em que os equipamentos eram pesados e rudimentares. “Carregava gravadores de 30 quilos, e muitas vezes, o trabalho de um dia inteiro era perdido por falhas técnicas”, lembra com bom humor.

Para Mario, o maior desafio no rádio é a saúde. “Lembro de uma vez em que, com a garganta inflamada, tive que me afastar. A saúde do locutor é fundamental para o bom desempenho”, destaca. Mesmo com as dificuldades, Mario sempre manteve o foco em entender seu público. “Aqui no litoral, a gente tem que conhecer as peculiaridades de cada região, para se conectar verdadeiramente com os ouvintes”, diz ele.

Com o passar dos anos, Mikosz aprendeu que o rádio é mais do que uma profissão; é uma paixão. Ele deixa um recado para as novas gerações: “Ser radialista é um dom que vem de Deus. Rádio é prestação de serviço, é amor ao próximo e ao ouvinte. Quem busca dinheiro rápido, deve procurar outra área. No rádio, o amor fala mais alto.

Marcos Rogério: Mais de 30 Anos no Ar, um Ícone do Rádio em Paranaguá

Outra história que merece ser celebrada neste Dia do Radialista é a de Marcos Rogério, um dos grandes nomes da comunicação em Paranaguá. Com mais de 30 anos de carreira, Marcos compartilha sua trajetória que começou ainda na infância, quando, ao invés de jogar futebol com os amigos no colégio Castelo Branco, passava seu tempo narrando jogos no muro da escola. “Eu sempre tive uma atração pelo rádio, desde pequeno lá nas bandas da Vila Horizonte. Quando era moleque, eu mais narrava, sentado no muro, do que jogava”, recorda com carinho.

A inspiração para seguir no rádio veio de seu irmão, Isaac Pereira, o primeiro comunicador da Rádio Litoral Sul. Ao ver o trabalho do irmão, Marcos decidiu ingressar na carreira, começando como operador de áudio e aprendendo na prática, até consolidar sua posição como locutor. “Foi uma grande escola”, afirma ele, que, em pouco tempo, foi aprovado em uma seleção para a Rádio Ilha do Mel e seguiu sua carreira na Litoral Sul, onde atua até hoje.

Marcos teve uma carreira multifacetada: foi locutor de programas de manhã e à tarde, apresentando desde programas românticos até humorísticos. Um dos momentos mais marcantes foi à frente do programa de humor “Tá Me Tirando”, que revolucionou o rádio local, trazendo entrevistas irreverentes e um formato ousado para Paranaguá. “O programa desafiou as convenções da época e trouxe uma nova cara ao rádio”, diz.

Com o passar dos anos, Marcos se dedicou ao jornalismo, mas sempre mantendo seu amor pela comunicação. Ele enfatiza a responsabilidade que os radialistas têm, especialmente no contexto atual, onde as fake news são um grande desafio. “O rádio é uma ferramenta poderosa, mas precisa ser tratado com seriedade. Se você trabalhar com dedicação e amor, ele pode te levar longe”, aconselha.

A Magia do Rádio: Uma Conexão Insubstituível

No Dia do Radialista, celebramos não apenas as histórias individuais de Barbara, Marcos e Mario, mas também a magia de um ofício que transcende o tempo e a tecnologia. Seja por meio das ondas do rádio AM, FM ou até mesmo pela internet, o trabalho dos radialistas continua a ser uma forma única de aproximação com os ouvintes.

Os exemplos de Barbara e Mario nos lembram que o rádio é muito mais que um meio de comunicação. Ele é uma ponte emocional que une os profissionais e os ouvintes, criando laços duradouros e fortes, baseados no respeito, na confiança e na paixão por aquilo que fazem.

Neste Dia do Radialista, agradecemos a todos os profissionais que, como Barbara, Marcos e Mario, dedicam suas vidas a essa linda missão de comunicar, informar e emocionar.

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